Segundo pesquisas, a prevalência do zumbido na população em geral pode ser de até 30%. Ou seja, 1/3 da população pode ter queixas de Zumbido.
Nos pacientes com DTM o Zumbido estará presente em cerca de 80% deles.
O Zumbido é classificado como Primário ou Idiopático, onde não existe causa identificável, e o indivíduo não tem perda auditiva neurossensorial*. Já o Zumbido Secundário tem de ter por traz uma causa de desencadeamento, que também pode ser causa de sustentação. No Zumbido Secundário não há perda auditiva neurossensorial nem de ordem sistêmica.
Independentemente de ser um ou outro, o Zumbido pode ser uni ou bilateral, pulsátil ou não, contínuo ou esporádico, de intensidade variável, apresentando-se como fosse um apito, barulho de água corrente, como o bater de asa de um inseto, como o som de uma cigarra, de uma panela de pressão, etc.
No paciente com DTM, principalmente muscular, o Zumbido pode ser modulado somatossensorialmente** quando o paciente, sob a orientação do Dentista Especialista em DTM e DOF, apertar os dentes, abrir a boca contra resistência adequada, protuir a mandíbula sob e sem resistência, e movem a mandíbula de forma controlada para os lados. As ATMs também devem ser alvo de avaliação pelo profissional especialista, assim como será necessária a palpação criteriosa dos músculos da mastigação. Se o paciente perceber modulação do Zumbido nessas avaliações o tratamento para DTM e DOF pode trazer melhora para o Zumbido também.
*Neurossensorial refere-se a uma condição que envolve danos nas células sensoriais do ouvido interno ou no nervo auditivo, impedindo a correta transmissão dos sinais sonoros para o cérebro. Esse tipo de perda auditiva é o mais comum, pode ser causado pelo envelhecimento, exposição a ruído alto, infecções, genética, medicamentos, traumas na cabeça, entre outros fatores.
** Somatossensorial refere-se ao sistema nervoso responsável por receber, processar e interpretar sensações vindas do corpo, como tato, pressão, temperatura, dor e propriocepção (consciência da posição do corpo). Este sistema utiliza receptores espalhados por toda a pele, músculos, articulações e vísceras para gerar essas percepções, permitindo-nos interagir com o ambiente e monitorar o próprio corpo.
